Psicólogo João Pedro Ribeiro

João Pedro Ribeiro de Paula

Psicólogo Clínico

Como Construir e Manter uma Autoestima Saudável: superando a baixa autoestima

A autoestima é um componente central da saúde mental, afetando como nos vemos, como nos sentimos em relação a nós mesmos e como interagimos com o mundo ao nosso redor. Para muitas pessoas, lutar contra a baixa autoestima pode ser um desafio diário, mas é possível construir e manter uma autoestima saudável com as estratégias certas e a compreensão dos fatores que a influenciam.

O Que é Autoestima?

A autoestima é a percepção subjetiva que temos de nosso próprio valor e competência. Ela se forma ao longo do tempo, influenciada por nossas experiências, relacionamentos e pela forma como internalizamos as opiniões e críticas dos outros. Uma autoestima saudável é caracterizada por um equilíbrio: somos capazes de reconhecer nossas falhas e limitações sem que isso comprometa nossa visão geral de nós mesmos.

O Impacto da Baixa Autoestima

A baixa autoestima pode ter efeitos devastadores na vida de uma pessoa, contribuindo para uma série de problemas emocionais e comportamentais. Estudos mostram que a baixa autoestima está associada a transtornos como depressão, ansiedade, e comportamentos autodestrutivos, como o abuso de substâncias.

Indivíduos com baixa autoestima frequentemente experimentam pensamentos negativos sobre si mesmos, sentem-se inadequados e têm dificuldades em estabelecer e manter relacionamentos saudáveis. Isso pode levar a um ciclo vicioso, onde a percepção negativa de si mesmo perpetua comportamentos que reforçam essa visão.

Estratégias para Construir e Manter uma Autoestima Saudável

Autoconhecimento e Autocompaixão

  • O primeiro passo para construir uma autoestima saudável é o autoconhecimento. Entender quem você é, quais são seus valores, e reconhecer tanto suas forças quanto suas fraquezas é fundamental. A autocompaixão, ou a capacidade de tratar a si mesmo com gentileza e compreensão em momentos de falha, é igualmente crucial. Estudos indicam que a autocompaixão pode diminuir os efeitos da baixa autoestima e promover uma melhor saúde mental.

Desenvolvimento de Habilidades e Competências

  • Sentir-se competente e capaz em áreas importantes da vida é um fator chave para uma autoestima elevada. Desenvolver novas habilidades e buscar aprimoramento em áreas de interesse pessoal ou profissional pode aumentar a confiança em si mesmo. Isso é reforçado pela Teoria da Autodeterminação, que sugere que a competência é uma necessidade psicológica básica para o bem-estar.

Estabelecimento de Limites Saudáveis

  • Pessoas com baixa autoestima muitas vezes têm dificuldade em estabelecer limites, temendo a rejeição ou o conflito. No entanto, aprender a dizer “não” e a proteger seu tempo e energia é essencial para uma autoestima saudável. Limites claros permitem que você se sinta mais no controle de sua vida e mais respeitado em suas interações.

Mudança de Padrões de Pensamento

  • A baixa autoestima é frequentemente mantida por padrões de pensamento negativos, como o perfeccionismo ou a generalização excessiva. A terapia auxiliará para identificar e desafiar esses pensamentos disfuncionais, substituindo-os por crenças mais equilibradas e realistas sobre si mesmo .

Cultivo de Relacionamentos Positivos

  • Nossos relacionamentos têm um impacto significativo em nossa autoestima. Cercar-se de pessoas que oferecem apoio, encorajamento e feedback construtivo pode ajudar a reforçar uma visão mais positiva de si mesmo. Além disso, praticar a comunicação assertiva pode melhorar a qualidade dos relacionamentos e aumentar a autoconfiança.

Prática de Autoafirmação

  • A autoafirmação envolve a prática regular de lembrar a si mesmo sobre suas qualidades e realizações positivas. Estudos mostram que a autoafirmação pode ajudar a fortalecer a autoestima e a resiliência frente a desafios e críticas .

Conclusão

Construir e manter uma autoestima saudável é um processo contínuo que exige dedicação e paciência. Embora a baixa autoestima possa ser difícil de superar, as estratégias mencionadas acima oferecem um caminho para desenvolver uma percepção mais positiva de si mesmo. Com o tempo, e com o apoio de um psicólogo, é possível transformar a maneira como você se vê e vive sua vida, promovendo um bem-estar psicológico duradouro.

Se você sente que a baixa autoestima está afetando sua qualidade de vida, considere procurar ajuda profissional. A terapia pode ser uma ferramenta poderosa para explorar as raízes da sua autoestima e desenvolver habilidades para melhorá-la.


Referências:

  1. Baumeister, R. F., Campbell, J. D., Krueger, J. I., & Vohs, K. D. (2003). Does high self-esteem cause better performance, interpersonal success, happiness, or healthier lifestyles? Psychological Science in the Public Interest, 4(1), 1-44.
  2. Neff, K. D. (2003). Self-compassion: An alternative conceptualization of a healthy attitude toward oneself. Self and Identity, 2(2), 85-101.
  3. Ryan, R. M., & Deci, E. L. (2000). Self-determination theory and the facilitation of intrinsic motivation, social development, and well-being. American Psychologist, 55(1), 68-78.
  4. Beck, A. T. (1976). Cognitive therapy and the emotional disorders. International Universities Press.
  5. Cohen, G. L., & Sherman, D. K. (2014). The psychology of change: Self-affirmation and social psychological intervention. Annual Review of Psychology, 65(1), 333-371.

Este artigo busca oferecer orientações práticas baseadas em dados científicos para ajudar quem luta contra a baixa autoestima a construir uma autoimagem mais positiva e resiliente.

João Pedro Ribeiro de Paula
Psicólogo Clínico CRP 06/142636
Contato: 16.9.82650911

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